quinta-feira, julho 24, 2008

Se num certo dia, alguém, ao segredar-me ao ouvido, me dissesse que a vida seguiria exactamente este caminho, que essa vida é feita de dias, um número incerto de dias, que os dias têm sempre 24 horas, que cada uma dessas horas tem 60 minutos e que cada minuto demora sempre exactamente 60 segundos a passar, olharia esse alguém com uma certa estranheza.
Todos os dias me parecem diferentes. E em certos dias, a vida parece seguir um rumo bem diferente.
Todas as certezas que tínhamos, tornam-se incertezas... e ponderamos outros caminhos.
E às vezes seguimos caminhos que nunca pensamos pisar sem sequer ponderarmos. E só por isso, a vida não volta mais a ser a mesma. Nem nós somos os mesmos.
Às vezes um segundo, que demora bem mais do que um segundo, faz toda a diferença.
Às vezes uma atitude é suficiente. Uma mentira, um esquecimento, uma falta de atenção...
Se há coisas na nossa vida que não conseguimos controlar, há outras que só não controlamos porque estamos adormecidos, cansados ou sem forças.
Bem no fundo todos sabemos aquilo que queremos, aquilo que mais desejamos. Só que às vezes falta-nos a coragem.
Coragem para corrermos atrás.
Coragem para nos assumirmos como somos.
Coragem para fazer frente. Fazer frente a nós, aos outros, aos nossos medos...
Há coisas que eu simplesmente não gosto, não suporto.
E não vai ser por falta de coragem que não vou assumi-lo e que não lhe vou fazer frente.
Se não eu deixaria de ser eu...

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sexta-feira, julho 04, 2008

As saudades e o sorriso

Hoje uma música despertou todos aqueles sentimentos que por vezes tentámos esconder, tentámos amansar.
Saudades, muitas, imensas saudades de quem já partiu, mas que continua sempre e, tão intensamente, presente. Em nós, na nossa vida, todos os dias.
Pessoas que amamos e que queríamos junto a nós. Sempre.
Mas o sempre não existe, pelo menos não na vida como a conhecemos.
Mas há vidas curtas demais. E a revolta apodera-se de um coração onde vive amor, muito amor.
E esse amor que vive dentro do meu coração faz-me chorar de saudades. De querer abraçar e não poder. De querer ouvir e só ouvir silêncio.
Essa música fez-me recordar um por um, aqueles que já partiram e que não deviam ter partido.
Essa música fez-me ver que eles estão presentes em mim, vivem cá dentro.
Essa música fez-me sorrir...
Porque eles sempre me fizeram sorrir. Sempre me deram amor. Sempre estiveram ao meu lado.
E eu sempre estive ao lado deles, sempre lhes dei amor e fi-los sorrir muitas e muitas vezes.
Houve dias em que me apeteceu esconder, desistir, deixar a vida levar-me.
Mas não consegui, por ele(s) e por causa dele(s).
Levo a minha vida, onde eu quero ir. De sorriso fácil nos lábios e com uma sensação de felicidade quase sempre presente.
Sou assim porque tive e tenho a sorte de ter pessoas extraordinárias na minha vida.
As saudades apertam vezes demais o meu coração, fazem-me chorar... mas no fim nasce um sorriso. Porque ele não merecia outra coisa. E ele não iria querer outra coisa.
Um sorriso, mesmo quando o meu coração está a chorar por dentro.

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