Hoje de manhã, o metro parou na Cidade Universitária.
Um minuto, dois, três...
Talvez sete ou oito.
A meio da paragem começa a notar-se um certo desconforto em grande parte dos passageiros.
Uns murmuram.
Outros suspiram.
E outros olham para o relógio.
Até que um murmúrio se ouve mais alto: estou cheia de medo! Com as notícias que se ouvem por aí... Quando vejo alguém daquela raça, nem sei o que fazer. Vêem-se tantos por aí.
Bem, se esta senhora estivesse a falar comigo, eu não saberia o que lhe dizer... Talvez lhe dissesse que não seria má ideia ficar em casa.
E talvez aquele pacote encontrado no metro durante a manhã tenha sido motivo suficiente para ela tão cedo seguir o meu conselho e não meter o pézinho fora da porta de casa.
Há cada comentário!
... e é perante comentários destes que nos apercebemos do provincianismo que ainda rege este País...
subscrevo a joanissima.
bjos.
Eu também...mas e quando uma pessoa se apanha a quase ter pensamentos desses? Eu já apanhei dois sustos completamente idiotas por causa de pensamentos semelhantes, confesso...
PS:Menos racistas, claro, mas ainda assim aquele "bolas, será que eles vão descobrir o número da minha mãe se eu explodir em muitos bocados".